O secretário de Saúde de Porto Alegre, Mauro Sparta, celebrou nesta terça-feira o número de vacinados na cidade, que lidera o ranking de imunizados proporcionalmente à população nas capitais do País, mas alertou que a oferta de doses pode interromper o processo. "Na quinta-feira, quando ampliarmos para 66 anos, acaba o nosso estoque. Estamos esperando mais vacinas, porque a ideia é a cada dia aumentar a rede e a abrangência. Queremos vacinar também nas Unidades Básicas de Saúde e, nos finais de semana, abrir unidades em cada uma das nossas distritais, porque notamos que muitas pessoas chegavam nos drives a pé e não estávamos preparados", afirmou em entrevista ao programa Agora, da Rádio Guaíba.
Sparta disse que a previsão de chegada de mais ampolas é na quinta-feira, com distribuição pela Secretaria da Saúde no feriado da Sexta-feira Santa. "Seria um dia de logística, mas no sábado queremos recomeçar. Dependemos do volume que tivermos, mas a ideia é seguir adiante", afirmou. Ele também exaltou uma redução nos índices de transmissibilidade do coronavírus.
"Parece que a nossa população, principalmente os mais jovens, estão começando a entender. Faz uns 10 dias que começou a reduzir a velocidade de propagação do vírus. Há duas semanas, o movimento era intenso e havia uma angústia para conseguir leitos. Parece que aquele pesadelo já passou, mas o momento ainda é delicado, sério, não quero fazer falsa comemoração. UTIs ainda estão cheias, estamos com 109% de ocupação", avaliou.
Kit intubação
O secretário Sparta demonstrou temor com possível falta de insumos do chamado kit intubação. "É o que mais preocupa. Estamos com dificuldade de recebê-los, tanto que o Ministério da Saúde interveio e tem dado para o Estado, que distribui aos hospitais. Alguns hospitais compravam direto das fábricas, dos laboratórios, mas com a interferência isso não foi possível", afirmou. Conforme Sparta, houve uma reunião da Comissão Intergestores Bipartite – que pactua a organização e o funcionamento das ações e serviços de saúde integrados em redes de atenção à saúde – para discutir o assunto.
Fonte: Correio do Povo.
Foto: Cristine Rochol/PMPA/CP
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