Operação mira esquema de telentrega de drogas em Gravataí e Cachoeirinha gerenciado a partir do Presídio Central
Um esquema de telentrega de drogas em Gravataí e Cachoeirinha, na Região Metropolitana, foi alvo de uma operação da Polícia Civil no começo da manhã desta quinta-feira (28). Os agentes cumpriram oito mandados de busca e apreensão e cinco de prisão. Três pessoas foram detidas. A investigação aponta que a venda de maconha e cocaína era gerenciada por um homem preso por tráfico de drogas no Presídio Central, integrante de um facção com berço no bairro Bom Jesus, em Porto Alegre.
A apuração iniciou em fevereiro deste ano a partir da apreensão de 58 quilos de maconha e cocaína em Gravataí e do flagrante de um homem fazendo telentrega de drogas. Os agentes descobriram que as duas ocorrências estavam relacionadas ao mesmo esquema criminoso que funcionava nos bairros que fazem limite entre Gravataí e Cachoeirinha.
Segundo o titular da 2ª Delegacia de Polícia de Gravataí, delegado Guilherme Calderipe, os suspeitos escondiam a droga na casa da avó de um dos envolvidos sem ela saber.
— É um lugar que não levanta suspeita da polícia e com pessoas que, em tese, não tem nenhuma ligação com o tráfico — explica o policial.
Os usuários solicitavam os entorpecentes por WhatsApp, e a entrega era feita por carros alugados.
— Cada um tinha função bem específica no grupo: o entregador da droga, o que era encarregado de armazenar e o gerente que está preso no Central, onde também cumprimos mandado de prisão. Temos todo o esquema desenhado e isso resultou nessas prisões —detalha o delegado.
A telentrega foi uma modalidade de tráfico que cresceu especialmente durante a pandemia. Conforme o policial, 90% dos flagrantes de venda de entorpecentes em Gravataí e Cachoeirinha envolvem telentrega:
— É raro pegar ponto de tráfico. Muitas vendas são feitas com motocicleta mas principalmente com carro alugado, que chama menos atenção.
Fonte: DG.
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