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Médico gaúcho é detido no Egito por assédio a vendedora de loja

 Um médico gaúcho foi preso neste domingo (30) no Egito por assédio a uma vendedora de loja, segundo as autoridades do país africano. O caso ocorreu nesta semana e repercutiu nas redes sociais após o próprio médico divulgar um vídeo em que aparece proferindo frases de duplo sentido para a mulher. 

A reportagem apurou que o médico chama-se Victor Sorrentino, e o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) confirmou (leia a nota da entidade no fim da matéria). GZH busca contato com familiares e advogados do médico para obter mais informações sobre o fato.

O anúncio oficial da detenção saiu em comunicado do Ministério do Interior do Egito. Conforme as autoridades egípcias, medidas judiciais serão tomadas contra o homem. "O Ministério do Interior conseguiu prender um estrangeiro após assédio a uma mulher, depois que ele publicou um vídeo com imagens do incidente em uma rede social, onde os serviços de segurança conseguiram identificar a vítima e o autor, e tomar as medidas judiciais contra ele e apresentar ao Ministério Público competente", afirmou o órgão na nota.

Segundo o jornal egípcio Ahram, o caso ocorreu na cidade de Luxor. Nas imagens do vídeo que circula nas redes sociais, o médico está em uma loja conversando com a balconista. Em determinado momento, ele fala, em português, palavras de duplo sentido para a vendedora, que desconhecendo o idioma, concorda. O médico ri da situação.

O vídeo foi postado por ele em suas redes sociais. Após a repercussão, o médico restringiu o acesso à conta. Ainda conforme o jornal egípcio, as iniciais do homem detido são V. S. 

A reportagem de GZH tenta contato com o Itamaraty para saber quais medidas serão tomadas. Procurado, o Cremers informou que soube da situação pela imprensa internacional e divulgou nota lamentando o fato, mas frisou que o homem não estava exercendo a medicina no momento em que praticou a ação. Leia o comunicado:

"A respeito da prisão do médico Victor Sorrentino no Egito, o Cremers informa que tomou conhecimento do fato pela imprensa internacional. No entanto, conforme o relatado e as imagens divulgadas, o médico não agiu durante o exercício da medicina. Além disso, o fato ocorreu fora da área de atuação do Conselho. De qualquer forma, o Cremers repudia qualquer ato de desrespeito a qualquer pessoa, seja em qualquer situação ou praticado por médico ou não".

Até a publicação desta reportagem, não houve confirmação se o médico seguiu detido ou foi liberado pelas autoridades. Nas redes sociais, ele se manifestou pedindo desculpa pela situação.  

Fonte: GZH.



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