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Saiba quais são as melhorias previstas para a rodoviária de Porto Alegre após licitação

A licitação de concessão da rodoviária de Porto Alegre pelos próximos 25 anos, lançada na quarta-feira passada (26), determina que a concessionária vencedora execute uma série de melhorias na estrutura da estação e de obras viárias para melhorar o trânsito no entorno. 

A principal delas é a obra viária que tiraria dos ônibus de linha vindos do Viaduto da Conceição a necessidade de acessar a lateral da rodoviária para o desembarque de passageiros. Ou seja, eles sairiam do chamado “x” da rodoviária, como ficou conhecido o cruzamento de acesso à Avenida Castelo Branco e o viaduto da Avenida Júlio de Castilhos. 

Em vez disso, ao sair do viaduto pela Rua da Conceição, os ônibus seguiriam por um corredor exclusivo na mão da esquerda e acessariam uma estrutura de embarque e desembarque. Ela ficaria no gramado do Largo Edgar Koetz, debaixo de onde fica a passarela de pedestres. Para acessar a rodoviária, os passageiros dos ônibus de linha desceriam ali e atravessariam um túnel debaixo da via que sairia quase na entrada principal da rodoviária, ao lado da rampa de acesso à passarela. 

Sem os ônibus de linha no local, os carros teriam trânsito facilitado para acessar a Avenida Castelo Branco e sair da cidade. Já o espaço onde ficam hoje as paradas ganharia uma cobertura para pedestres por toda a lateral da rodoviária até a escadaria da estação da Trensurb. A área onde ficam os táxis também ganharia cobertura para dar mais conforto ao embarque. Em frente à entrada principal, a faixa de pedestres seria ampliada e transformada também em lombada, uma "lombofaixa". 

Outra obra viária prevista é um retorno alternativo para os ônibus intermunicipais e interestaduais para acessarem a Avenida Mauá no sentido de quem sai da cidade. Na prática, seria uma opção adicional de saída para os veículos, útil em dias em que a rodoviária tem engarrafamentos rumo ao Interior. 

Para realizar essas obras, a concessionária terá de investir R$ 10 milhões. Se os custos da obra ultrapassarem o valor, a empresa e o governo do Estado dividem o custo adicional em 50% cada. Conforme a Unidade de Concessões e PPPs (parcerias público-privadas) do Executivo estadual, as alterações citadas serão sugeridas à concessionária, mas podem sofrer ajustes até o projeto executivo ser submetido para aprovação da prefeitura de Porto Alegre. 

Os R$ 87,3 milhões em obras na estação preveem ainda melhorias na estrutura interna, como setores de espera fechados e climatizados e escadas rolantes de acesso ao segundo andar, qualificando o local para novos espaços comerciais. Das melhorias previstas, 70% devem ser implementadas nos primeiros três anos. A licitação será em 26 de agosto, e vence quem oferecer o maior valor de outorga fixa (mínimo de R$ 868.811,91). O Estado recebe ainda uma outorga variável conforme o faturamento da concessionária ao longo dos 25 anos. 

Se não houver maiores entraves com a licitação, o governo do Estado prevê que a nova concessionária assuma a administração da rodoviária até o início de 2022.

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