A Secretaria da Administração Penitenciária (Seapen) emitiu nota oficial em relação à reportagem exclusiva da Record TV RS sobre Leandro Boldrini, pai do menino Bernardo Boldrini, que estaria atendendo detentos dentro da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Médico por formação, ele foi condenado a 33 anos e 8 meses de reclusão no caso da morte do filho, de 11 anos, por uma superdosagem do medicamento, em 4 de abril de 2014, em Três Passos. O corpo da criança foi encontrado depois em uma cova no mato em Frederico Westphalen.
“O apenado Leandro Boldrini nunca ocupou nenhum posto de atendimento médico”, garante a nota da Seapen. “O que de fato ocorreu foi que um apenado passou mal durante a madrugada e o equipamento digital que a casa dispõe para medir a pressão arterial não funcionou, o que os obrigou a utilizar o modelo com estetoscópio”, esclarece o comunicado.
Por não terem o conhecimento necessário para uso, pediram que o apenado Leandro Boldrini o fizesse. A partir da aferição verificada, identificou-se a pressão alterada do apenado que passou mal. Em seguida, foi feito contato com a médica que atende a casa prisional. Esta, por sua vez, que trabalha apenas durante o dia, prescreveu o tratamento e os agentes medicaram o apenado”, explicou a Seapen na nota oficial enviada à emissora.
A reportagem da Record TV RS, exibida nesta terça-feira no programa Balanço Geral, apontou que o detento atendido por Leandro Boldrini na noite de 17 de maio deste ano foi o traficante Paulão, conhecido pelo narcotráfico na vila Maria da Conceição, em Porto Alegre.
A matéria jornalística questionou também que as autoridades penitenciárias é que devem atender a saúde dos detentos e não depender do "favor" de um médico preso. “Não seria o primeiro atendimento prestado por Leandro Boldrini”, apontou a reportagem, lembrando que o apenado está recolhido na Pasc desde abril de 2014 , cumprindo pena no regime fechado.
Fonte: Correio do Povo.
Foto: Ricardo Giusti / CP Memória
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