A formalização do repasse ocorreu com uma breve solenidade, com políticos de situação e oposição e representantes da Associação da Cultura Hip Hop, idealizadora do museu. A inauguração está prevista para 2022.
Segundo o secretário municipal de Administração e Patrimônio, André Barbosa, ceder um bem público para uma finalidade de tamanha relevância sociocultural é dar destinação correta aos próprios municipais.
— O patrimônio público deve ser utilizado para benefícios em prol da sociedade. Este espaço estava ocioso e agora teremos um importante centro cultural, de capacitação e formação de jovens, representando um projeto inédito que fará a diferença para as comunidades da região. O investimento resultará em benefícios transversais, somando o turismo, a cultura e o desenvolvimento social e econômico— destaca.
O rapper, militante do hip hop e do movimento negro no Estado, Rafael Diogo dos Santos, mais conhecido como Rafa Rafuagi, responsável pelo projeto da associação, define o momento como um marco histórico.
— Assumimos o compromisso de tornar este espaço em um lugar de formação continuada, contribuindo para tornar o mundo um lugar melhor e que coloque a cultura como protagonista, onde é o seu lugar — garantiu.
Rafa relata que agora está sendo feito um trabalho de pesquisa para montar o acervo gaúcho. Para contemplar não apenas o gênero na Capital, mas também em Pelotas, Esteio, Canoas, Passo Fundo, Caxias do Sul, Bagé e outras tantas cidades que tem um histórico no hip hop.
O espaço possui 3.836,41metros quadrados e foi escolhido estrategicamente para a realização das atividades propostas pela entidade, seguindo o planejamento da gestão mais adequada dos bens municipais. A partir de agora, a entidade inicia um processo de obra, adaptação e qualificação do espaço para atender mais de 15 mil jovens, anualmente, projetando a geração direta de 40 vagas de trabalho.
O museu será completamente high-tech e interativo, alinhado ao Universal Museu do Hip Hop no Bronx, de Nova York (EUA). O imóvel abrigará hologramas, um estúdio musical, área para grafite, break dance e discotecagem, além de espaço para shows, oficinas culturais e coworking. Internamente serão exibidos artigos importantes da história do gênero, bem como itens de acervo de famosos nomes da cultura.
A reforma e a administração do local serão custeadas por fundos financeiros do próprio projeto, que resultaram de parcerias anteriores com governo do Estado, via Secretaria Estadual de Cultura, Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Secretaria de Administração Penitenciária e Secretaria de Planejamento e Gestão, também as empresas Fitesa, Budweiser e RodaLog, além do Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul, Unesco/ONU, OIT/ONU, Onu Mulheres e do Consulado dos Estados Unidos em Porto Alegre.
Fonte: GZH.
Foto: Mateus Raugust / Divulgação Prefeitura de Porto Alegre
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