Um homem de 38 anos desapareceu após uma consulta em uma clínica de quiropraxia, na segunda-feira (23), em Porto Alegre. A família de Rafael Theis Freitas registrou o caso na Polícia Civil, que investiga o paradeiro dele.
"Última vez que foi visto foi no dia 23 por volta das 19:30, quando saiu de clínica em que fazia fisioterapia. O carro que utilizava foi encontrado na BR-290, município de Eldorado do Sul no dia 24", diz o delegado Newton Martins de Souza Filho.
Segundo a polícia, ainda não há associação do desaparecimento com algum crime.
"Ontem [quinta, 26] conseguimos um sinal de GPS no celular, apontando a zona rural do município de Portão, iniciamos buscas no local, sem sucesso. Hoje vamos retomar as buscas. Por enquanto, não conseguimos associar crime ao evento. Nas imagens que coletamos, o desaparecido aparece sozinho, saindo da clínica e embarcando em seu veículo", destaca o delegado.
Casado e pai de três filhos, o homem é montador de móveis e mora no bairro Sarandi, na Zona Norte da Capital. Esposa do irmão de Rafael, a cunhada Aline conta que ele tinha um atendimento marcado na clínica, que fica na Av. Nilo Peçanha, no bairro Boa Vista, no início da noite de segunda.
"Temos imagens dele chegando e saindo da clínica sozinho. Depois, não foi mais visto", relata.
Estranhando a demora de Rafael em retornar do atendimento, familiares fizeram contato por telefone, sem sucesso. Na mesma noite, eles iniciaram buscas pela região, mas também não o encontraram.
Parentes conseguiram rastrear o sinal de GPS do celular de Rafael. O último registro mostra que ele passou de carro pela Rua Edu Chaves, também na Zona Norte.
Na tarde de terça (24), parentes encontraram o automóvel de Rafael, um Clio vermelho, abandonado em um refúgio da BR-290. O carro estava fechado, sem sinais de arrombamento. O celular de Rafael não foi encontrado, afirma a cunhada.
"Ninguém sabe, ao certo, o que aconteceu. A polícia está investigando as câmeras. Várias pessoas já prestaram depoimento, onde o carro foi localizado, vizinhos, moradores de lá, o pessoal da clínica onde ele estava", comenta Aline.
Segundo o delegado Newton, a polícia não descarta nenhuma possibilidade.
"Como ainda não conseguimos nenhum elemento que possa associar o fato a um crime, não descartamos qualquer possibilidade, inclusive uma fuga. Mas, conforme relato dos familiares, o desaparecido não tem histórico de uso de drogas, depressão ou desaparecimento anterior", diz.
Delegacia de Desaparecidos
Em março deste ano, a Polícia Civil inaugurou a Delegacia de Polícia de Investigação de Pessoas Desaparecidas (DPIPD), em Porto Alegre. O atendimento é feito no segundo andar do Palácio da Polícia, na Avenida João Pessoa, 2050, sala 223.
O registro de ocorrências do tipo pode ser feito em qualquer delegacia, até mesmo na Delegacia Online RS. Não é necessário esperar algum prazo específico para notificar a polícia sobre um desaparecimento.
A corporação calcula 1.349 registros de desaparecimentos na Capital apenas em 2020.
Situações envolvendo crianças e adolescentes desaparecidos são investigadas pelo Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV).
Fonte: G1.
Foto: Arquivo pessoal
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