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EM CANOAS | Pais descobrem que vizinho estuprava crianças em condomínio

Moradores de um condomínio no bairro Harmonia, em Canoas, descobriram, através de relatos dos filhos, que um vizinho estuprava crianças dentro do residencial. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas. Até o momento ninguém foi preso.

O caso chegou ao conhecimento da policia após a denúncia do empresário Juliano Fontana, em setembro. Pai de uma menina de 9 anos, ele descobriu que a filha sofria abusos há quatro anos. “Ela contou para uma amiguinha na escola. Depois disso, a direção nos chamou e nos contou o ocorrido”, conta.

O empresário e a família do acusado tinham uma relação de amizade há mais de 10 anos. “Chegamos a viajar juntos para Santa Catarina.” Ele conta que os abusos só tiveram um fim quando a criança descobriu que o que estava acontecendo era errado. “Ela ia na casa para brincar com o filho dele. Um dia, ele tentou levar ela para o quarto e ela deu um tapa na cabeça dele”, conta.

Os vizinhos relatam que na quinta-feira (28) agentes da Polícia Civil estiveram no imóvel para cumprir mandados de busca e apreensão. Com o avançar da investigação, Juliano procurou Sheila Breitembach, que tem uma filha de oito anos. “A filha dela fazia parte do mesmo círculo de amizade do filho dele e da minha.”

A advogada esperou a filha chegar em casa e fez o questionamento. “Ela me contou detalhes. A minha filha disse que ele botava a mão por dentro da calça e botava ela no colo dele.” Após a confirmação da segunda vítima, os vizinhos descobriram que o acusado e a família tinham saído do imóvel. De acordo com a Brigada Militar (BM), a esposa ligou para o 190 nesta sexta-feira (29) e pediu segurança para conseguir retirar os seus pertences do imóvel. No residencial, os policiais descobriram que a casa tinha sido invadida e os veículos do homem depredados.

A reportagem de Agência GBC tenta contato com a defesa do acusado, mas ainda não obteve retorno. Além disso, também aguarda retorno do delegado Pablo Queiroz Rocha, que coordena a investigação.

Foto: Jaime Zanatta/GBC.

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