A partir da próxima terça-feira (29) e até a próxima quinta (31) servidores da Segurança Pública do Rio Grande do Sul vão cruzar os braços. Conforme antecipado por Agência GBC, Polícia Civil e Instituto Geral de Perícias (IGP) já haviam anunciado a greve. Porém, nesta segunda (28), entidades que representam a Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros, aderiram ao movimento. As informações são da Urgeim – sindicato que representa os escrivãos, inspetores e investigadores da polícia –.
Porém, as entidades ressaltaram na reunião, que não podem cruzar os braços por impedimento legal. Mas, que apoiam o movimento.
Como vai funcionar a paralisação
Para os policiais, a Urgeim emitiu uma série de recomendações. (veja abaixo) Também está prevista uma caminhada até o Palácio Piratini. “O governador Eduardo Leite, que se elegeu com o discurso do diálogo, está saindo do governo para tentar concorrer a presidente do país, sem receber os profissionais da segurança que estão há mais de três anos sem reajuste. Por isso, vamos paralisar as atividades e, caso o governo continue se negando a negociar, as entidades vão aprofundar ainda mais a mobilização”, Isaac Ortiz, presidente do sindicato.
1 – A paralisação começará às 8 horas e se estenderá até às 18 horas nos dias 29 e 31 de março;
2 – Em Porto Alegre, a concentração dos (as) Policiais Civis será em frente ao Palácio da Polícia. No Interior do estado e região metropolitana, a orientação é para que os (as) policiais se concentrem em frente às suas delegacias, ou local de trabalho;
3 – A orientação é para que não haja circulação de viaturas. Todas devem permanecer paradas no órgão a que pertencem;
4 – Não haverá cumprimento de MBAs, mandados de prisão, operações policiais, serviço cartorário, entrega de intimações, oitivas, remessa de IPs ao Poder Judiciário e demais procedimentos de polícia judiciária;
5 – As DPPAs e plantões somente atenderão os flagrantes e casos de maior gravidade, tais como: homicídios, estupros, ocorrências envolvendo crianças, adolescentes e idosos, Lei Maria da Penha, além daquelas ocorrências em que os (as) plantonistas julgarem imprescindível a intervenção imediata da Polícia Civil.
6 – O objetivo dos dois dias de paralisação, é a abertura de um diálogo com a população, explicando os motivos da nossa paralisação e todos os problemas da segurança pública no nosso estado, como a falta de efetivo, não reposição salarial e as más condições de trabalho da Polícia Civil. É preciso mostrar à população que a nossa luta é em defesa da segurança pública e que a queda de todos os índices de violência no estado, aconteceu mesmo com a categoria sem reposição salarial há mais de três anos.
Fonte: GBC.
Foto: Luiza Castro/SUL 21/Reprodução
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