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Melo quer enviar projeto para venda de cobre em Porto Alegre ser somente com procedência

O prefeito Sebastião Melo (MDB) disse em entrevista ao programa Agora, da Rádio Guaíba, nesta sexta-feira, que pretende enviar um projeto à Câmara dos Vereadores estabelecendo que a venda de cobre em Porto Alegre seja somente com procedência, com o objetivo de coibir o furto e a venda ilegal do material na cidade. Segundo o chefe do executivo municipal, o metal, oriundo do crime muitas vezes, é vendido ilegalmente em ferros velhos da Capital.

“A Carris ficou três dias sem energia, gastamos R$ 60 mil. Essa é uma realidade que temos que mudar”, ressaltou. Segundo o prefeito, uma operação conjunta está analisando com mais detalhes como é o esquema de furto e venda de cobre em Porto Alegre. “Nós estamos trabalhando com as inteligências da Polícia, Brigada Militar, Bombeiros, Polícia e Guarda Municipal”, acrescentou.

Conforme Melo, é uma necessidade que a Capital se modernize e passe a ter menos fios. O prefeito destacou que este é um longo e caro processo, que não será resolvido integralmente dentro de seu mandato, mas se possível, ele quer abrir o caminho para isto. “Não dá mais para se ter uma cidade com tantos fios. Nós temos que virar essa chave. Não tem lógica ter essa quantidade de fios arranhando aí nas árvores, pois vem a chuva, bate o vento, apaga a luz”, relatou.

Discussão sobre cercamento em parques

Para garantir mais segurança e menos furtos na iluminação de Porto Alegre, o prefeito afirmou que é necessária uma discussão sobre o cercamento físico de parques da Capital. “A legislação federal não permite contratação de empresas privadas para área pública, mas ela permite para área fechada. Se eu cercasse um parque, poderia lançar uma licitação e botar guardas privados dentro para cuidar”, pontuou.

O prefeito apontou a impunidade como um dos problemas dos furtos persistirem com tanta força, argumentando que uma pessoa detida pelo crime facilmente está nas ruas novamente para repetir os delitos. “Não pode alguém furtar nesse país, entrar pela porta de uma delegacia, ser autuado, e dez minutos depois sair rindo da cara de um prefeito, policial, porque a lei é frouxa. O pequeno delito leva ao médio e leva ao grande”, enfatizou.

Esqueletão

Sobre as discussões sobre modernização do Centro de Porto Alegre, o prefeito mencionou o Edifício Galeria XV de Novembro, mais conhecido como Esqueletão. Para o prefeito, o caminho que se segue é para a derrubada do prédio. “A empresa que derrubou o prédio da Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que parte do processo deveria ser manual e outra parte não ser manual. Vai custar um bom dinheiro, mas é o caminho”, destacou.

Melo afirmou que não é do interesse de sua gestão reutilizar o local. “Nós vamos em juízo depositar o valor ainda a apurar, porque tem valor de IPTU, de R$ 2 milhões, R$ 3 milhões. E o restante nós vamos arrestar o bem para a prefeitura. E aí vamos vender porque não tem nenhum interesse da prefeitura em manter um imóvel ali como outros”, explicou.

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