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Tarso Genro cita "parte bolsonarista" pelo fracasso da frente de esquerda no RS

 A existência de setores "mais bolsonaristas" em partidos foi uma das justificativas apresentadas pelo ex-governador Tarso Genro (PT) para o fracasso da frente ampla na eleição deste ano. "Uma boa parte desses setores partidários, que não querem compor conosco, não é uma maioria, mas uma boa parte ativa é mais bolsonarista do que democrata", afirmou ele, na manhã de sábado, durante plenária que marcou a nova fase da pré-campanha de Edegar Pretto ao Piratini. 

A frase foi citada quando Tarso detalhava o trabalho feito para viabilizar a frente ampla no Estado. "No interior desses partidos do campo democrático ainda (há) uma maioria progressista, mas têm estruturas de poder interno, nas classes dominantes locais, que obstruem eles", afirmou o ex-governador. Apesar de não ter citado nomes de siglas, a frente ampla envolveria além do PV e PCdoB, que já estão fechadas em uma federação com os petistas, o PSB e PSol. O PSB - mesma sigla de Geral Alckmin, vice de Lula - apresentou Beto Albuquerque de como nome para disputa ao Piratini, enquanto que o PSol, o nome do vereador Pedro Ruas.  

Disse ainda que outro fato era o nome de Edegar. "Conversamos com eles, para dizer que 'nós não temos' um candidato a princípio. Nós temos um nome, queremos saber os de vocês, para vir compor conosco. Para ver qual é a melhor possibilidade. (...)  E eles divididos, uns queriam, outros não queriam. Uns aceitavam esse diálogo, outros rejeitavam", detalhou.

Para complementar, afirmou que a movimentação do PT para construir a frente ampla foi respeitada pela direção nacional e pelo ex-presidente Lula. A manifestação de Tarso ocorreu às vésperas do ex-presidente petista vir ao Estado, após quatro anos. No evento, ficou claro que o a federação focará na vinculação da campanha estadual a nacional. Isso ficou ainda mais evidente no jingle divulgado no qual o principal trecho faz o elo entre Edegar e Lula.

Uma das justificativa de Manuela foi a falta da frente 

Pouco antes do evento organizado pelo PT ocorrer em um hotel da região central de Porto Alegre, a ex-deputada Manuela d'Ávila fazia uma postagem em rede social detalhando as motivações de ficar de fora da eleição, entre elas a ausência da união no campo político. "Trabalhei muito por um palanque unitário que nos envolvesse todos, sobretudo os três candidatos ao governo do estado, fortalecendo nossa chapa", diz trecho da publicação feita pela ex-deputada. 

Apesar de a informação de que deixaria a disputa teve vindo à tona apenas agora, a decisão já estava tomada há mais de dez dias e tinha sido discutida internamente no seu partido há uma semana. 

Para alguns interlocutores, Manuela traria um peso grande para a chapa de Edegar, mas, com a fragmentação no seu campo político, ampliaria o seu desgaste, uma vez que ela seria o alvo de ataques, como já ocorreu em outras eleições. Além de ficar de fora da disputa ao Senado, nos bastidores, há o entendimento que  Manuela também não deve concorrer, pelo menos até agora, à uma vaga de deputada estadual ou federal. 

Evento marca nova fase 

No evento, foi anunciada a data da convenção estadual do PT, prevista para 24 de julho, quando será homologada a candidatura. Foi apresentada ainda a nova fase da pré-campanha, que buscará a construção da proposta de governo. Outro momento foi a apresentação da temática da pré-campanha, focada em 13 eixos.

Fonte: Correio do Povo

Foto: Rafa Stedile / Divulgação / CP


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