Em um resultado histórico, Eduardo Leite (PSDB) se reelegeu governador do Rio Grande do Sul neste domingo. É a primeira vez desde a redemocratização que os gaúchos conferem um segundo mandato ao chefe do Executivo do estado. Com 89% das urnas apuradas, tucano teve 3.331.586 dos votos contra 2.502.953 do candidato derrotado Onyx Lorenzoni (PL).
Leite será reconduzido ao Palácio Piratini, após deixar o governo em março deste ano. O tucano planejou se lançar como candidato à Presidência da República, mas perdeu as prévias do partido para João Doria que acabaria também não concorrendo.
Ele chegou a cogitar se filiar ao PSD para seguir seu projeto de disputar o Palácio do Planalto, mas acabou desistindo. Mesmo tendo prometido repetidas vezes que não seria candidato à reeleição ao governo do Rio Grande do Sul, Leite anunciou em junho que disputaria novamente o executivo gaúcho.
Eduardo Leite se torna assim uma das boias de salvação do PSDB, que vem perdendo relevância a cada pleito. Após perder o comando de São Paulo, maior colégio eleitoral do país e onde os tucanos governaram por 28 anos seguidos, e não ter nenhum governador eleito em primeiro turno, a eleição no Rio Grande do Sul era vista como crucial para dar sobrevida ao partido.
O tucano apostou em fugir da nacionalização da campanha promovida por Onyx, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), focando sua agenda em questões regionais. Ao ficar em cima do muro, ele mirou atrair tanto os votos da esquerda e de antibolsonaristas, quanto de eleitores de direita.
Fonte: O Globo
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