A Brigada Militar foi acionada na manhã desta sexta-feira para atender uma ocorrência de um indivíduo armado com uma faca que estava refugiado no interior de um mercado na rua Marcílio Dias, próximo da avenida da Azenha, no bairro Azenha, em Porto Alegre. O casal de proprietários levou um susto ao encontrar o homem escondido atrás de um espelho, deitado em uma espécie de prateleira no alto, quando chegava para mais um dia de trabalho no estabelecimento comercial.
Ao invés de ser algum ladrão, os policiais militares do 9º BPM constataram que se tratava de uma pessoa em surto e que dizia estar sendo perseguida e ameaçada de morte. O indivíduo estaria dentro do mercado possivelmente desde a noite dessa quinta-feira, vindo pelos telhados de prédios vizinhos.
Além da chegada de reforço policial, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) compareceu no local e ficou de prontidão. O efetivo da Companhia Especial de Busca e Salvamento (CEBS) do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) também foi mobilizado. O trecho da rua Marcílio Dias teve de ser bloqueado.
Por algumas horas, os policiais militares do 9º BPM conversaram e tentaram acalmá-lo. O homem entregou-se somente com a chegada de um irmão. Algemado como medida de segurança, ele foi colocado amarrado na maca da ambulância do Samu, sendo levado então para atendimento médico.
O comandante do 9º BPM, tenente-coronel Fábio da Silva Schmitt, acompanhou pessoalmente a ocorrência. “A primeira coisa que se tem de fazer em uma situação dessa é conter para que a crise não se alastre, isolar e negociar, saber o que está acontecendo”, esclareceu à reportagem do Correio do Povo no local, após o desfecho. “Então foi isso que a gente fez. Começamos a conversar com ele, que disse que só sairia dali com a chegada do irmão dele”, relatou. “O irmão dele chegou e prontamente ele entregou a faca, logo em seguida ele desceu”, acrescentou.
Sem feridos
Ressaltando que ninguém ficou ferido, o tenente-coronel Fábio da Silva Schmitt afirmou que os policiais militares estavam preparados com “tecnologias não letais para contenção nesses casos” se fosse necessário. O comandante do 9º BPM esclareceu ainda que o Batalhão de Operações Especiais (Bope) não foi requisitado, pois “ele não oferecia risco à vida de outras pessoas, não tinha ninguém em cárcere privado, não ameaçava ninguém”. Por fim, o comandante do 9º BPM lembrou que, diante de pessoas em surto, a população deve acionar o telefone de emergência 190 da Brigada Militar. “Estamos sempre à disposição da comunidade e sempre prontos para ajudar”, enfatizou.
Fonte: Correio do Povo
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