O povo brasileiro decidiu dar a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) um terceiro mandato à frente da presidência da República. Com 59.478.672 votos (50,82%), o petista superou o atual presidente Jair Bolsonaro e volta ao Palácio do Planalto após 12 anos. O vice será Geraldo Alckmin (PSB). Em apuração apertada, voto a voto, o petista até largou na frente mas logo em seguida foi ultrapassado por Bolsonaro. A virada veio às 18:45:12, e desde então Lula se manteve à frente e abrindo uma tímida vantagem.
Até o momento, 98,61% das urnas já foram apuradas na noite deste domingo. Com 49,18% dos votos, Bolsonaro recebeu 57.579.075 votos neste domingo.
• Veja a apuração dos votos pra Presidência e governos estaduais
Em acirrada disputa eleitoral, o retorno de Lula a chefia do Executivo traz uma vitória inédita. Bolsonaro se tornou o primeiro candidato à reeleição a ser derrotado. No dia 2 de outubro, Lula teve 48,43% - 57.259.504 de votos contra 43,2% - 51.072.345 votos de Bolsonaro.
Considerado favorito pela maioria dos institutos de pesquisas, Lula explorou as memórias afetivas do eleitorado em relação aos seus governos e apostou em uma frente ampla, se colocando como um defensor da democracia. Para o segundo turno, se somaram à campanha do petista o PDT, de Ciro Gomes, e a Simone Tebet, do MDB, que esteve junto do candidato em diversos compromissos.
Perfil
Luiz Inácio Lula da Silva, de 76 anos, nasceu em Garanhuns (PE) e iniciou sua trajetória política como sindicalista em 1966. Foi presidente da República por dois mandatos a partir de 2003, depois de ser eleito em 2002, em disputa no segundo turno das eleições com José Serra (PSDB).
Em 2006, Lula venceu Geraldo Alckmin (à época, do PSDB), atual candidato à Vice-Presidência, sendo reeleito ao cargo. A primeira vez que disputou a Presidência foi em 1989, sendo derrotado por Fernando Collor de Melo. Antes de ser eleito, tentou mais duas vezes, em 1994 e 1998, quando perdeu para Fernando Henrique Cardoso em ambas.
Em 2017, foi condenado a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Em 2018, teve a prisão decretada pelo então juiz Sergio Moro. Em 2021, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin anulou as condenações, por entender que a 13ª Vara Federal em Curitiba não tinha competência legal para julgar as acusações, tornando Lula elegível, decisão confirmada em plenário pelo Supremo no mesmo ano. Agora, volta a ser presidente da República, 12 anos após deixar o cargo.
Correio do Povo
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