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Moraes diz que operações da PRF não prejudicaram eleições


Alexandre de Moraes em coletiva de imprensa no TSE
Alexandre de Moraes em coletiva de imprensa no TSE | Foto: Antonio Augusto / Secom / TSE / Divulgação / CP.

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, esteve no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) neste domingo e se comprometeu a suspender as operações da corporação relacionadas ao transporte de eleitores. A informação foi repassada pelo presidente do tribunal, Alexandre de Moraes, em coletiva de imprensa. Moraes afirmou que não houve prejuízo aos eleitores e que o horário de encerramento do pleito, às 17h, será mantido. 

O diretor da PRF informou a Moraes que as vistorias foram feitas em ônibus sem condições de transitar. "O diretor-geral da PRF informou que as operações foram realizadas com base no Código de Trânsito Brasileiro, ou seja em ônibus com pneu careca ou sem condições de rodar. Isso em alguns casos retardou a chegada dos eleitores à seção, mas em nenhum caso impediu os eleitores de chegarem às seções eleitorais", destacou Moraes.

Ainda segundo Moraes, todas as operações foram finalizadas, inclusive as com base no Código de Trânsito Brasileiro, "para que não ocorresse nenhum prejuízo aos eleitores", disse. 

Mais cedo, Moraes, determinou que Vasques prestasse as informações sobre operações envolvendo a abordagem de ônibus no Nordeste do país. No despacho, Moraes apontou uma publicação no Twitter que mostra uma viatura e agentes da PRF parados às margens de uma rodovia e abordando motoristas. No vídeo, o homem que faz a filmagem diz se tratar de uma rodovia na Paraíba.

Mais cedo, Alexandre de Moraes cobrou respostas do diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques sobre a realização de operações da corporação relacionadas ao transporte público de eleitores. As ações estão proibidas até o fim da votação no segundo turno.

Moraes solicita que a PRF informe “imediatamente” sobre as razões pelas quais são realizadas operações proibidas pelo TSE, em decisão divulgada no sábado (29). O magistrado indica um vídeo divulgado nas redes sociais de uma operação do tipo para exemplificar o descumprimento da ordem.

Combate à fake news

Moraes também falou sobre o combate às fake news durante o segundo turno das eleições. Segundo ele, nas últimas 36 horas, o tribunal determinou o bloqueio de 354 impulsionadores de conteúdo de campanha nas redes sociais.

Além disso, 7 sites foram desmonetizados, 701 URLs removidas, 15 perfis bloqueados e 5 grupos de Telegram excluídos. "Continuamos monitorando as redes para evitar o que ocorreu às vésperas do primeiro turno, quando houve uma inundação de informações fraudulentas".

Urnas substituídas

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que até as 15h30 deste domingo, 2.630 urnas precisaram ser substituídas em todo o país. Os dados são do boletim eleitoral emitido pelo tribunal.

Moraes destacou que a diminuição das filas em relação ao primeiro turno ocorre não só pelo voto apenas para presidente e, em alguns estados, para governador. Segundo ele, aproximadamente 8,9 milhões de eleitores não sabiam, no primeiro turno, que a biometria estaria cadastrada. Agora, essa informação já estava atualizada.

"Estamos chegando quase ao término do período de votação. Tivemos 0,55% de urnas substituídas. O número é ínfimo, com filas equacionadas. Tudo bem tranquilo para o eleitor votar", informou.

As votações da eleição geral de 2022 começaram às 8h e terminam às 17h, de forma unificada em todos os 27 entes federados brasileiros. O horário de votação nas eleições deste ano foi unificado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com isso, estados que estão em fusos diferentes do de Brasília se adequaram ao horário da capital federal.

R7

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