Uma megaoperação da Polícia Civil, chamada de Erga Omnes, foi deflagrada na manhã desta quarta-feira em 11 cidades do Rio Grande do Sul. Segundo informações preliminares, o alvo é uma organização criminosa que mantinha um sistema de tele-entrega de drogas há pelo menos 10 anos e movimentou R$ 20 milhões com lavagem de dinheiro através de empresas de fachada. Cerca de 300 agentes foram mobilizados para cumprir mandados 43 ordens de prisão nos municípios do Estado e também em Santa Catarina e no Paraná. De acordo com o delegado Gabriel Borges, titular da 3ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico, 30 pessoas foram detidas.
Em solo gaúcho, os policiais atuaram nos municípios de Porto Alegre, Taquara, Xangri-lá, Tapes, Osorio, Santa Cruz do Sul, Cachoeirinha, Gravataí, Canoas, Eldorado e Capão da Canoa.
Conforme a investigação, que durou um ano, o grupo se articulava para estabelecer “sedes” em outros lugares para comercializar drogas. A ideia seria estreitar relações e até mesmo expandir os negócios para outros locais. O foco da Polícia Civil era alcançar as lideranças da organização criminosa e também pessoas que cometeram delitos relacionados ao tráfico de entorpecentes. Outros 54 mandados de busca e apreensão também foram cumpridos nesta quarta.
O detalhamento de como a organização funcionava começou a ser feito a partir de uma série de prisões. A partir dessas ações, os investigadores conseguiram delimitar o esquema e as funções de cada integrante do grupo criminoso. Os policiais civis constataram que a organização criminosa contava com a participação de advogados, contadores, empresários e bioquímicos.
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