Uma casa de acolhimento para mulheres disponível 24 horas por dia, sete dias por semana. Com vistoria técnica realizada por representantes da rede de proteção à mulher e pelo prefeito Sebastião Melo na manhã desta segunda-feira (28) a Casa Betânia está apta a iniciar o acolhimento de mulheres vitimas de violência em Porto Alegre.
Com a responsabilidade da Coordenadoria da Mulher da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) e gestão da Organização Social Civil Centro Social Gianelli, o lugar irá acolher, proteger e encaminhar mulheres para os serviços da rede de proteção às vítimas de violência. Representantes das instituições que compõem a rede estiveram presentes na visita técnica.
Acolhimento e orientação
Além de serem acolhidas, as mulheres serão orientadas para exercitar sua autonomia e recuperar a autoestima. A primeira-dama Valéria Leopoldino ressaltou as qualidades da estrutura da casa. “Essa pauta está no nosso coração desde sempre. A mulher só vai deixar de ser vitima, junto com nossas meninas, se nossos homens forem tratados. Precisamos também do engajamento dos demais homens no trabalho da proteção, da parceria para corrigir os desvios que ocorrem diariamente na vida das mulheres e meninas”, destacou.
A coordenadora dos Direitos das Mulheres da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS), Fernanda Mendes Ribeiro, reiterou a necessidade das mulheres saberem que podem contar com um atendimento diferenciado. “As mulheres de Porto Alegre não estão sozinhas, há toda uma rede que dá apoio em diversos casos, além de um acolhimento de verdade, feito a partir do entendimento da real necessidade de cada mulher”, destacou Fernanda.
“O Centro Social Gianelli foi fundado por mulheres e há 18 anos tem como objetivo ser um espaço de trabalho voltado à educação e promoção de crianças, mulheres e famílias em situação de vulnerabilidade. Sonhamos em derramar um bom perfume de dignidade e de coragem sobre as vidas das mulheres que precisarem de nossa hospitalidade, a fim de que seja superado o odor do preconceito, das injustiças e das desigualdades, dos feminicídios e de tantos outros medos que historicamente cada mulher é submetida. Estamos abertas ao poder feminino transformador”, falou a irmã Raquel Pinto, em nome da OSC.
Dados – A violência contra a mulher é qualquer ação ou omissão baseada no gênero, que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual, patrimonial ou psicológico, tanto na esfera pública como privada. O Rio Grande do Sul registrou 41.621 casos de violência contra a mulher desde janeiro de 2022. Destes, 6.534 foram em Porto Alegre. As mulheres da Capital registraram 2.493 ameaças e 1.827 casos de lesão corporal. Houve sete casos de feminicídio consumado.
Dias de Ativismo – A Casa Betânia inicia suas atividades no período em que o mundo realiza ações para marcar os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, uma campanha anual e internacional que começa em 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, e vai até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Canais para denúncia
Cram- Centro de Referência de Atendimento à Mulher- 3289.5110
Delegacia da mulher de Porto Alegre: (51) 3288-2673 ou (51) 3288-2173
Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher
Defensoria pública (Núcleo Especializado de Atendimento às Mulheres Vitimas de Violência Doméstica e Familiar): (51) 3225-0777
190- Brigada Militar.
Fonte: O Sul.
Foto: Pedro Piegas / PMPA
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