Radiologista angolano é indenizado em R$ 580 mil após ser baleado por engano e mantido preso em perseguição policial no Rio Grande do Sul
O radiologista angolano Gilberto Almeida receberá uma indenização de cerca de R$ 580 mil do Estado do Rio Grande do Sul, após ter sido atingido por quatro tiros por engano durante uma perseguição e abordagem policial. O incidente ocorreu em 2020, quando Gilberto estava de férias no Brasil e visitava sua namorada, Dorildes Laurindo. Ela também foi vítima dos disparos, não sobrevivendo aos ferimentos.
A perseguição policial teve início após o motorista de um carro por aplicativo, no qual Gilberto e Dorildes estavam, ser alvo de uma ação da Brigada Militar, devido a um mandado de prisão contra ele. Os disparos da polícia ocorreram após o veículo parar.
O juiz responsável pelo processo considerou a situação como uma sucessão de violações à dignidade da pessoa humana, afirmando que "dantesco" talvez não seja termo suficiente para descrever a brutalidade do episódio. Na sentença, ele destacou as graves violações sofridas por Dorildes, que foi atingida por mais de um tiro, inclusive pelas costas, sem oferecer qualquer resistência, sendo ainda algemada, pisoteada, arrastada e estapeada.
O valor da indenização foi fixado levando em consideração os danos morais sofridos por Gilberto e pelos dois irmãos da namorada de Gilberto, que acompanhavam o casal no automóvel durante o ocorrido.
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