Porto Alegre e sua região metropolitana enfrentam uma série de desafios devido à instabilidade climática que persiste na área. A manhã deste domingo, 24 de setembro, foi marcada por chuvas fortes e trovoadas que agravaram ainda mais a situação já delicada.De acordo com a Defesa Civil, o nível do rio Guaíba, aferido às 8h no Cais Mauá, alcançava 265 centímetros.
Vale ressaltar que a cota de alerta é de 255 centímetros e a de inundação é de 300 centímetros, indicando um cenário preocupante próximo à cota de alerta.Na Ilha da Pintada, a situação não é diferente, com o rio Guaíba registrando 236 centímetros, próximo à cota de alerta de 200 centímetros e distante apenas 16 centímetros da cota de inundação, que é de 220 centímetros.
Com o agravamento das condições, o número de pessoas desabrigadas na região do Arquipélago aumentou para 28. Destas, 15 estão na Ilha da Pintada, incluindo sete adultos e oito crianças, e outras 13 estão na Ilha dos Marinheiros, com seis adultos e sete crianças. A inacessibilidade de veículos pequenos à ponta da Ilha da Pintada tornou a situação ainda mais complicada.Até o momento, a Defesa Civil não recebeu chamados de emergência até as 10h, mas mantém rondas constantes na área.
Os moradores da rua Presidente Vargas, na Ilha da Pintada, relataram que o nível da água começou a subir por volta das 6h e continua aumentando.Mauro Santos, residente da Ilha há 66 anos, está apreensivo devido à previsão de mais chuva. Mesmo após elevar sua casa e aterrar o pátio para evitar alagamentos desde a enchente de 2015, ele continua preocupado com o volume de chuva.
"Até agora está tranquilo, temos que esperar essa chuva parar", disse.A situação também está crítica na fronteira entre a Ilha da Pintada e Eldorado do Sul, onde existem três pontos críticos. A rua Marinho Poeta, com mais de um quilômetro alagado, a rua do Retorno e o acesso para a cidade entre as pontes estão totalmente inacessíveis.Fábio Leal, coordenador da Defesa Civil no bairro Picada, em Eldorado do Sul, explicou que há projetos em andamento para elevar o nível das ruas na região.
"Assim que essa água baixar, já vamos iniciar os estudos e ver as viabilidades", assegurou. No momento, cerca de 50 pessoas encontram abrigo no centro da cidade, enfrentando as adversidades decorrentes das condições climáticas desafiadoras.A população local permanece atenta às atualizações da Defesa Civil e aguarda ansiosamente o término das chuvas, buscando enfrentar unida mais esse período de dificuldades impostas pela instabilidade climática na região de Porto Alegre e arredores.
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Imagem: Repórter Guaibense
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