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Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte de Porto Alegre (Stetpoa) Convoca Assembleia Geral e Ameaça Greve na Carris

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte de Porto Alegre (Stetpoa) anunciou em um edital publicado no Correio do Povo, nesta sexta-feira, a convocação de uma assembleia geral extraordinária para a próxima terça-feira. O objetivo da assembleia é solicitar autorização para a deflagração de uma greve nas linhas da Carris, empresa pública de transporte da cidade. A data da greve ainda não foi definida, mas a iniciativa tem como principal demanda a manutenção da empresa pública, com o cancelamento da abertura dos envelopes para a privatização, agendada para 2 de outubro.Na quinta-feira, Sandro Abbáde, ex-presidente e membro do sindicato, havia antecipado a possibilidade de uma paralisação ocorrer "dias antes" da abertura dos envelopes. Na madrugada de ontem, cerca de 50 representantes do Stetpoa se mobilizaram em frente à sede da Carris, no bairro Partenon, para conversar com os funcionários da empresa pública e buscar apoio para pressionar o governo municipal a desistir do projeto de privatização. Anteriormente, em 15 de setembro, o Stetpoa já havia declarado "estado de greve" após duas assembleias.A reunião subsequente para decidir sobre a greve em si estava prevista para hoje, mas a ala de oposição ao presidente Adair da Silva alegou que a diretoria do sindicato "não encaminhou o edital convocando a assembleia".No dia 15, os trabalhadores rejeitaram a proposta da Prefeitura que oferecia 12 meses de estabilidade para todos os trabalhadores após a empresa privada assumir a gestão da Carris. "A gente não quer somente uma proposta, mas sim a retirada do edital de circulação da venda e que seja cancelada a abertura dos envelopes no próximo dia 2", afirmou Marcelo Weber, membro da comissão do Stetpoa e do movimento opositor ao presidente Adair. Ambos os grupos, situação e oposição, afirmam que estão favoráveis a uma paralisação caso a Carris não reabra as negociações com os trabalhadores.Independentemente da aprovação ou rejeição da greve, o sindicato planeja entrar com uma liminar na Justiça na próxima semana para impedir o processo licitatório de privatização.A Carris emitiu uma nota em resposta, afirmando que aguardará o resultado da assembleia. No entanto, lamentou que o acordo entre o sindicato e a Carris, negociado no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que garantia estabilidade de 12 meses aos trabalhadores da empresa e outras vantagens, não tenha sido aceito. A direção da companhia destacou que esse acordo foi uma conquista dos trabalhadores, inexplicavelmente recusada.Antes das negociações atuais, a empresa havia lançado um plano de demissões voluntárias, aderido por cerca de 350 profissionais na época. O edital de concorrência internacional para a privatização prevê um lance mínimo de R$ 109 milhões. A situação permanece tensa, com a assembleia crucial marcada para a próxima terça-feira, quando os destinos da Carris e de seus trabalhadores serão decididos.
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