No Vale do Sinos, o caso de uma mensagem de teor racista que abalou uma pastelaria em Campo Bom teve um desfecho surpreendente. O proprietário, que alegava ser vítima de discriminação, foi apontado pela Polícia Civil como o próprio autor da mensagem ofensiva.
Após uma investigação minuciosa, a Polícia concluiu que o comerciante criou um perfil falso no aplicativo do iFood para enviar a mensagem discriminatória ao seu próprio estabelecimento. O delegado Rodrigo Câmara revelou que, após confrontado, o empreendedor admitiu ter criado a conta e encaminhado o pedido com a observação preconceituosa, atribuindo "motivos pessoais" para seus atos.
O dono da pastelaria será indiciado por falsa comunicação de crime, conforme previsto no Código Penal. O inquérito será encaminhado ao Poder Judiciário nos próximos dias.
O caso teve início quando, na última terça-feira, o proprietário registrou uma ocorrência após receber uma mensagem racista em um pedido feito pelo aplicativo. A mensagem pedia a substituição do motoboy negro por um branco, alegando não gostar de pessoas "assim encostando na comida". O sócio da pastelaria, Gabriel Fernandes da Cunha, inicialmente apresentado como vítima, agora enfrenta acusações após a reviravolta no caso.
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