Porto Alegre tem 2.227 casos confirmados de dengue em 2024 até o dia 20. Do total, 1.997 foram contraídos na cidade (autóctones), 130 são importados (infecção fora da cidade) e 100 têm local de infecção indeterminado. O total de ocorrências suspeitas notificadas à Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alcança 20.646 no ano. Em 2023, no mesmo período, foram 2.969 notificações e 2.097 casos confirmados. Os números são parciais e estão sujeitos à revisão. Até o momento, houve dois óbitos por dengue entre moradores de Porto Alegre: um do sexo feminino, faixa etária de 31 a 40 anos, cujos sintomas iniciaram-se na SE 11, e outro do sexo masculino, faixa etária de 71 a 80 anos, com sintomas da SE 14.
Os dados estão no boletim epidemiológico publicado nesta segunda-feira, 22, pela Diretoria de Vigilância em Saúde da SMS. O levantamento apresenta informações cumulativas até a semana epidemiológica 16 de 2024 (dados cumulativos, até 20 de abril, atualizados em 22 de abril).
A faixa etária dos 21 a 30 anos ainda mantém a maior proporção dos casos confirmados (16,9%), e a maioria dos pacientes são do sexo feminino (53,8%). Os principais sintomas relatados são febre, mialgia (dor no corpo) e cefaleia (dor de cabeça), seguido por náuseas.
Bairros - Em relação à distribuição dos casos pela cidade, os bairros com incidência acumulada de mais de 300 casos por 100 mil habitantes são: São João, Higienópolis, Jardim do Salso, Rio Branco, São Geraldo, Teresópolis, Pedra Redonda, Agronomia, Tristeza e Auxiliadora. Ao todo, casos de dengue foram registrados em 92 dos 94 bairros até a SE 16, evidenciando a necessidade de manter e reforçar a atuação sobre os reservatórios de mosquitos em cada região.
“Lixo reciclável/seco e plantas expostos às chuvas e ao acúmulo de água, bem como os depósitos fixos, como ralos, caixas d’água não vedadas e piscinas não tratadas são os principais tipos de criadouros responsáveis pelos altos níveis de infestação de mosquitos em todas as regiões com casos de dengue na cidade”, destaca o documento. A incidência equivale ao número de casos por 100 mil habitantes - por isso, um bairro com população menor, mesmo com baixo número de casos, pode ser considerado de alta incidência. O boletim apresenta mapa de incidência para ilustrar a presença da dengue na cidade.
O Boletim Epidemiológico é uma publicação prevista no Plano de Contingência da Dengue, Zika e Chikungunya da SMS.
Em relação à infestação vetorial, o levantamento da semana 16 registrou índice crítico, com alta ou muito alta infestação em 42 bairros monitorados com armadilhas (o monitoramento é feito em 46 bairros inteiros e em parte da Restinga). Acompanhe a aqui a situação dos bairros.
Mais informações sobre a dengue e a infestação do mosquito Aedes aegypti em Porto Alegre estão no endereço www.ondeestaoaedes.com.br.
Fonte: Prefeitura Municipal de Porto Alegre
Patrícia Coelho(texto)
Andrea Brasil(edição)
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