Há aproximadamente duas semanas, os sons típicos dos motores dos ônibus deixaram de ser ouvidos ao redor da Estação Rodoviária de Porto Alegre. Um silêncio quase completo predomina no local, interrompido apenas ocasionalmente pelos ruídos dos veículos que transitam no chamado corredor humanitário, embora sejam muito menos numerosos do que antes da enchente. O som mais perceptível agora é o do movimento da água, que permanece alta, mas gradualmente diminuindo, ocupando os espaços anteriormente destinados a pessoas, bagagens e ônibus. O acúmulo de lixo também é notável.
A rodoviária da capital, que costumava atender cerca de 15 mil pessoas diariamente, segundo Giovanni Luigi, diretor da Veppo, empresa que administra o terminal, está agora em um período de espera. Atualmente, a estação temporária, com três boxes no Terminal Antônio de Carvalho, no bairro Agronomia, atende cerca de 1.100 passageiros por dia, uma queda de mais de 90% em relação ao movimento no centro. “No primeiro dia de operação (8 de maio), vendemos 80 passagens aqui”, informou Luigi. “Não sabemos como será com o passar do tempo, a recuperação das estradas será demorada, e cada dia será um novo desafio”.
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Foto: Reprodução/X/@jonathasac
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