Com o cenário político cada vez mais incerto, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), enfrenta acusações de negligência e ineficiência devido à falta de manutenção no sistema de controle de inundações da cidade. Em resposta, Melo optou por criticar o governo de Lula.
Em entrevista à Veja, o prefeito, conhecido por seu alinhamento com Bolsonaro, afirmou que é crucial a cooperação entre os governos federal, estadual e municipal para superar a crise, mas dirigiu suas críticas principalmente à lentidão do governo petista em adquirir imóveis para os desabrigados e em implementar medidas para a recuperação econômica dos estados e municípios.
“A coisa mais fácil do mundo é ser contra sem apresentar opções. Eu defendo moradias acolhedoras, não provisórias. Tivemos cerca de 15 mil pessoas em 160 abrigos, comandados por voluntários da cidade que merecem de nós um monumento. Hoje são cerca de 3 mil, sem contar as pessoas em casas de parentes. O governo federal diz que vai resolver o problema. Porto Alegre hoje dispõe de 1 mil imóveis entre novos e usados que chegam na faixa dos 170 mil a 200 mil reais. Para ser contra a cidade acolhedora, acho que o presidente Lula já deveria ter comprado esse lote. Mas não. Não compra imóvel, não apresenta alternativa e ainda não coloca um centavo nos abrigos. Não pode ser assim (nota da redação: somente nos últimos dias o ministro Pimenta anunciou a intenção do governo federal de comprar 2 mil imóveis na região metropolitana)”, declarou.
Em resposta, o governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), afirmou: "A respeito de informação publicada na revista Veja, em entrevista com o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, o Governo Federal esclarece que já efetuou o pagamento de R$ 3.119.000,00 para a Prefeitura de Porto Alegre para auxiliar no abrigamento de pessoas afetadas pelas enchentes na capital gaúcha."
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Foto: Alex Rocha/PMPA
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