Os partidos políticos começaram o ano eleitoral de 2022 com uma dívida de R$ 84 milhões aos cofres públicos. Quando se consideram débitos parcelados ou negociados, esse valor ultrapassa R$ 100 milhões. Essas dívidas são, em grande parte, decorrentes de multas aplicadas pela Justiça Eleitoral, mas também incluem pagamentos atrasados à Previdência Social, ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dos empregados e impostos não recolhidos. O PT é o partido mais endividado, devendo R$ 23,6 milhões, quase quatro vezes mais que o segundo colocado, o Democratas (DEM), que deve R$ 6,5 milhões.
Apesar dessas dívidas, os partidos continuam a receber recursos públicos tanto do Fundo Partidário, que gira em torno de R$ 1 bilhão, quanto do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas (FEFC), conhecido como "Fundão Eleitoral", que recebeu uma alocação de R$ 4,9 bilhões no orçamento de 2022. As multas e dívidas não afetam os bens pessoais dos dirigentes e ex-dirigentes das siglas. A maioria dos diretórios dos partidos contatados pela reportagem não quis comentar, mas alguns dirigentes, de forma informal, atribuíram a responsabilidade pelas dívidas a seus antecessores.
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Imagem: Pedro Ladeira - 22.out.2018/Folhapress
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