Em um espetáculo que mistura beleza e preocupação, os habitantes da Capital foram surpreendidos por um pôr do sol incomum nos últimos dias. O astro rei, normalmente um disco dourado no horizonte, apresentou-se em tons de vermelho intenso, lembrando a aparência do planeta Marte e deixando muitos observadores maravilhados e intrigados.
Entretanto, a explicação para esse fenômeno visual impressionante não é tão nobre quanto sua aparência sugere. Cientistas e meteorologistas apontam que o vermelho intenso do sol é resultado direto da grande quantidade de partículas em suspensão na atmosfera, provenientes de queimadas que assolam as regiões Norte e Centro-Oeste do país.
As queimadas, muitas vezes ilegais e descontroladas, têm criado um extenso corredor de fumaça que se desloca pela atmosfera. Essas partículas em suspensão agem como filtros naturais, bloqueando parte do espectro de luz solar e permitindo apenas que os comprimentos de onda mais longos - como o vermelho - alcancem nossos olhos.
Este fenômeno, embora esteticamente impressionante, serve como um alerta visual para os graves problemas ambientais enfrentados pelo Brasil. As queimadas não apenas alteram a aparência do céu, mas também causam danos significativos à biodiversidade, contribuem para o aquecimento global e representam riscos à saúde pública.
Autoridades ambientais expressam preocupação com o aumento das queimadas e reforçam a necessidade de medidas mais eficazes de prevenção e combate a incêndios florestais. Enquanto isso, a população da Capital continua a testemunhar este espetáculo agridoce - uma beleza efêmera que esconde uma triste realidade ambiental.
Acontecimentos Zona Norte
Foto: Grupo Planetário
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