Na manhã desta quinta-feira (21), a Polícia Civil de Canoas cumpriu mandados contra suspeitos de integrarem um grupo especializado no golpe do bilhete premiado, uma trapaça antiga que ainda engana vítimas vulneráveis no Estado. A investigação foi iniciada após um idoso de 77 anos perder R$ 35 mil ao ser convencido por estelionatários de que estaria diante de uma oportunidade única.
De acordo com a delegada Luciane Bertoletti, da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, a vítima foi abordada pelo trio em uma situação típica do golpe. Um dos criminosos, fingindo ser uma pessoa simples e vinda do Interior, pediu ajuda com um bilhete de loteria supostamente premiado. Pouco depois, outro membro do grupo se apresentou como alguém com acesso a informações bancárias, seguido por um terceiro, que interpretava o papel de gerente. Juntos, eles criaram uma narrativa convincente e pressionaram o aposentado a entregar uma grande quantia em dinheiro.
— A vítima sofreu a abordagem clássica desse tipo de golpe. Os criminosos agem de maneira planejada, utilizando-se de um contexto emocional e da credibilidade da história para convencer as pessoas. O idoso, infelizmente, caiu na armadilha e perdeu R$ 35 mil — explicou a delegada.
Golpe com raízes antigas
O golpe do bilhete premiado, apesar de ser conhecido, continua enganando vítimas em todo o país. O crime utiliza um enredo simples, mas eficaz, envolvendo confiança, pressa e uma recompensa ilusória. Segundo a Polícia Civil, idosos são os alvos mais frequentes, devido à possibilidade de estarem mais propensos a acreditar nas histórias e menos atentos aos perigos.
— É importante que as pessoas desconfiem de histórias que envolvam valores altos ou ganhos fáceis. Se algo parece bom demais para ser verdade, provavelmente não é — alertou Bertoletti.
Ação da polícia e orientações à população
As investigações continuam, com o objetivo de identificar outros membros da quadrilha e recuperar parte do dinheiro roubado. A polícia orienta a população a redobrar a atenção em abordagens suspeitas e a nunca entregar dinheiro ou bens de valor sem a devida comprovação de autenticidade.
Casos como este reforçam a importância de campanhas de conscientização, principalmente entre grupos mais vulneráveis, para que golpes como o do bilhete premiado sejam finalmente erradicados.
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