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Terceira fase da Operação Capa Dura prende dois suspeitos de fraude em compras públicas na Secretaria de Educação de Porto Alegre

Nesta terça-feira (12), a terceira fase da Operação Capa Dura resultou na prisão de dois suspeitos envolvidos em um suposto esquema de fraude em compras da Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre (Smed). A investigação é conduzida pela Polícia Civil, mas os nomes dos suspeitos não foram divulgados oficialmente. Contudo, o Grupo de Investigação da RBS (GDI) identificou os dois indivíduos que tiveram a prisão preventiva decretada pelo Judiciário.

Os mandados foram expedidos pelo 1º Juizado da 1ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, que investiga fraudes e práticas de lavagem de dinheiro em esquemas que envolvem verbas públicas.

Envolvidos e apreensões

Os suspeitos detidos foram identificados como Reginaldo Bidigaray, que ocupa um Cargo em Comissão (CC) na Procuradoria-Geral do Município (PGM), e Maicon Callegaro Morais, advogado que já teve passagem pelo Departamento Municipal de Habitação (Demhab) de Porto Alegre, mas que atualmente não exerce funções públicas.

Durante o cumprimento do mandado de busca na residência de Maicon, as autoridades apreenderam US$ 13 mil, além de cheques de valores elevados, ouro, dois relógios Rolex e uma pistola, que, segundo a polícia, é legalizada. O valor e a quantidade dos bens apreendidos levantam suspeitas sobre o possível enriquecimento ilícito por meio de contratos fraudulentos ligados à Smed.

Investigações e Operação Capa Dura

A Operação Capa Dura já está em sua terceira fase e tem como alvo um esquema de desvios de recursos e fraudes em processos de compras públicas na Secretaria de Educação de Porto Alegre. A investigação inicial foi motivada por denúncias de irregularidades em contratos de fornecedores, especialmente na aquisição de materiais para uso nas escolas municipais. Em fases anteriores, já haviam sido identificadas outras pessoas e práticas suspeitas, o que levou à ampliação das diligências e aprofundamento das análises de documentos e transações financeiras.

Impacto e próximos passos

As prisões e apreensões feitas nesta fase da operação fortalecem a tese de organização criminosa dentro de setores públicos e chamam atenção para a fiscalização de cargos comissionados e a necessidade de transparência nas contratações públicas. A expectativa é que novos detalhes sejam revelados conforme as investigações avancem.

A Polícia Civil segue monitorando as ações do grupo e pode emitir novos mandados de prisão ou busca em outras localidades de Porto Alegre nas próximas semanas.
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